A Arte de José Delmo
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Nos anos 80, José Delmo, ao lado do também reverenciado Ramon Vane, idealizaram o Grupo de Arte Macuco, um grupo que sagrou-se como um dos mais importantes movimentos de arte e cultura do sul da Bahia, promovendo a Feira de Arte e Cultura de Buerarema, que influenciou muitos artistas. Nunca mais parou, e jamais se separou dos palcos.
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Com seus trabalhos, enaltece sempre, a nossa história, cultura, literatura e ecologia. Um artista denso, profundo e visceral; um ator versátil e capaz de alternar a representação de um coronel, um capataz e um escravo, sem vacilar. Para muitos, trata-se de um depositário da mais pura cultura grapiuna, uma relíquia, e um dos maiores atores brasileiros. Dotado de uma voz forte e marcante, José Delmo continua em cartaz com o premiado "O Contador de Histórias Grapiunas", eleborado e protagonizado por ele, onde reúne textos de vários autores como Adonias Filho, Hélio Pólvora e Jorge Amado.
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Esse espetáculo é apresentado, diariamente, na Casa dos Artistas de Ilhéus, e é uma aula-encenação de nossa história, uma lição e um prazer, imperdível. O monólogo está em cartaz desde 2004, na Casa dos Artistas, e também em circuitos diversos como escolas, empresas e praças públicas. O talentoso Delmo interpreta um coronel rico, outro decadente e um trabalhador rural, viajando por fatos e episódios que marcaram a região grapiuna: a chegada de Francisco Romero, a Batalha dos Nadadores, o primeiro manifesto trabalhista escrito por escravos ocorrido no Engenho de Santana, as invasões estrangeiras, a história do cacau, etc. Visto por milhares de pessoas, o espetáculo é uma das principais atrações culturais para os moradores e visitantes de Ilhéus.
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Como disse Antonio Nauá Junior em matéria para o Diário do Sul, em 29/06/2007, Delmo, um talento nato, merece todas as honrarias
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